A cada virada da página de um livro, Pedro Lucas Gomes de Araújo, de 12 anos, descobre um mundo novo. Ele acompanhou as aventuras do náufrago Robinson Crusoé em uma ilha deserta, viajou com Gulliver às terras de habitantes pequeninos e gigantes, foi com Alice até o País das Maravilhas, onde conheceu personagens curiosos, como o Coelho Branco, o Chapeleiro Maluco e a Rainha de Copas. “Eu gosto de ler livros de aventura e me colocar no lugar das personagens. O livro de que mais gostei foi Os doze trabalhos de Hércules, do Monteiro Lobato. Hércules é inteligente, forte, simpático e vence todos os obstáculos”. Pedro vai até três vezes por dia à biblioteca de sua escola para fazer trabalhos escolares e, principalmente, para ler livros.
O garoto, que cursa o 7º ano na Escola Municipal Professora Isaura Soares Monte, em Buriti dos Montes (PI), é uma exceção no cenário educacional brasileiro. O uso das bibliotecas escolares por alunos da rede pública diminui ao longo do Ensino Fundamental, segundo levantamento divulgado em agosto de 2014 pelo Todos pela Educação, uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip). Com base nos dados da Prova Brasil de 2011, a pesquisa revela que o percentual de estudantes que sempre ou quase sempre usam a biblioteca cai praticamente pela metade: de 57,4% no 5º ano para 29,9% no 9º ano. A pesquisa também mostra que o índice de professores que levam seus alunos à biblioteca para momentos de leitura literária e estudos em geral diminui de 40,1% no 5º ano para 23% no 9º ano.
“Uma hipótese para esse resultado é que os professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental utilizam a biblioteca como uma ferramenta para compor suas aulas. Nos anos finais, ocorre uma mudança de estrutura, em que os professores têm uma relação mais restrita com os alunos e com tempo limitado para cada disciplina, o que talvez provoque a queda do uso da biblioteca e a utilização de outras ferramentas”, analisa Alejandra Meraz Velasco, coordenadora-geral do Todos pela Educação.
Para Alejandra, a pesquisa é um alerta sobre a necessidade de se atentar para os anos finais do Ensino Fundamental: “Nos anos iniciais, os professores estão ensinando aos alunos. Mas, nos anos finais, o aluno não olha a biblioteca como uma fonte de pesquisa. O professor não ensina essa autonomia, e isso não é cobrado pelo professor”, argumenta.
Essa hipótese é reforçada pelos dados de outra pesquisa, o Estudo Longitudinal da Geração Escolar (Geres), que, de 2005 a 2008, analisou o desempenho em Língua Portuguesa e Matemática de alunos de mais de 200 escolas públicas e privadas em cinco municípios brasileiros ao longo dos quatro anos iniciais do Ensino Fundamental (a pesquisa foi realizada antes de se implementar o ciclo de 9 anos). O estudo aponta que, ao final da 2ª série (atual 3º ano), há uma desaceleração da aprendizagem da língua, tanto em escolas públicas como privadas. Assim, diferentemente da explicação − recorrente na mídia e na sociedade − segundo a qual o mau desempenho dos estudantes decorre principalmente de falhas na alfabetização inicial, esses dados apontam para problemas ligados à etapa seguinte.
Segundo especialistas como Antonio Gomes Batista, doutor em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a etapa seguinte ao ciclo de alfabetização é o momento de consolidar a fluência e compreensão leitora. É também o momento de desenvolver a autonomia dos estudantes na busca do conhecimento, estimulando a participação ativa na cultura letrada e, dessa forma, promovendo o gosto pela leitura e o domínio da oralidade e da escrita. No entanto, o que se constata, muitas vezes, é que, a partir do ciclo II, pressupõe-se uma autonomia dos estudantes que, na maioria das vezes, não corresponde à realidade.
“A prática, ou mesmo a ideia, de que o conhecimento é construção ainda não chegou de uma forma efetiva no interior da escola”, afirmam Maria Amábile Mansutti, Maria Cristina Zelmanovits, Maria do Carmo Brant de Carvalho e Verônica Guridi, autoras do especial “Educação na segunda etapa do Ensino Fundamental”, publicado nos Cadernos Cenpec, n. 4, de 2007. O papel do professor como mediador entre as crianças/jovens e a cultura letrada é fundamental para desenvolver a desejada autonomia. Esta não é um ponto de partida, mas uma aprendizagem a ser construída ao longo da escolarização. Nesse sentido, aprender a pesquisar, definindo objetivos, selecionando fontes e informações adequadas de acordo com eles, lendo, organizando, sintetizando e analisando criticamente o que se lê são estratégias a ser ensinadas de forma explícita, principalmente a partir do ciclo II.
Nesse processo, é fundamental que os docentes conheçam as necessidades de cada aluno. “Os profissionais do ensino precisam começar a incluir a dimensão didática que há na avaliação. Não adianta dizer coisas como: ‘Este aluno é tímido, não fala nada’ ou ‘Este fala muito bem’; é preciso saber identificar os indicadores que nos informam se o aluno sabe, se está bem ou não em relação aos conteúdos de comunicação oral que queremos que aprenda (o mesmo vale para leitura, escrita...). É preciso que os professores observem o que os alunos não conseguem fazer e que obstáculos os impedem de fazê-lo”, afirmam as autoras do especial.
Duas realidades e experiências com formação de leitores
É exatamente neste ponto que parece estar o pulo do gato. O interesse de Pedro pela leitura foi despertado por seus educadores. “Antes, eu usava menos a biblioteca porque não sabia que a leitura era tão interessante. Os professores me mostraram como é gostoso ler e me disseram que eu poderia aprender mais. Aprendi várias palavras novas e regras de pontuação, comecei a escrever bem e me tornei um aluno melhor”, conta.
Seus professores incentivam a leitura por meio de atividades individuais e coletivas, como resenhas, teatralização e desenhos das histórias dos livros. “Nós temos que ler 40 livros por ano, mas agora eu ultrapasso essa meta e leio mais de 100 livros por ano. Antes eu tinha vergonha de contar a história na sala de aula, mas não tenho mais. Eu também troco ideias com meus amigos sobre os livros”. Ele também gosta de ler para o irmão de quatro anos e para o pai, pedreiro, e a mãe, dona de casa.
Buriti dos Montes, onde Pedro mora, fica no sertão do Piauí, a 250 quilômetros da capital, Teresina, e tem menos de 8 mil habitantes. O município conta com apenas uma biblioteca pública e, das nove escolas que compõem a rede, apenas quatro têm biblioteca. As demais possuem cantos de leitura nas salas de aula.
O despertar para a leitura começou há cerca de seis anos, quando a equipe da Secretaria Municipal de Educação percebeu que os resultados de aprendizagem eram melhores nas escolas que desenvolviam práticas de leitura e escrita, em um trabalho conjunto de professores, coordenadores e gestores escolares. Com base nessas reflexões, a Secretaria elaborou o Plano Municipal de Incentivo à Leitura e Educação, em 2009, com o objetivo de socializar as melhores experiências e orientar as práticas de letramento nas escolas. A ideia era despertar o prazer da leitura e da escrita nos alunos, envolvendo-os por meio de atividades e incluindo bibliotecas e salas de leitura nos projetos pedagógicos.
“A leitura e a escrita são prioridades do currículo escolar e podem ser trabalhadas por meio de atividades criativas, estimulantes, que contemplam tanto a formação de alunos leitores e escritores como também exploram o potencial da leitura para ampliar as possibilidades de aprendizagem. A fim de incentivar o hábito, a leitura e a escrita são trabalhadas de forma sistematizada, o que contribui para a aprendizagem em todas as disciplinas”, explica Maria Goretti Soares Monte, coordenadora pedagógica da Secretaria de Educação de Buriti dos Montes.
Para envolver todas as disciplinas, foi criado o Projeto Chá Literário com Arte, que propõe diversas atividades para estimular a criatividade dos alunos, instigando a pesquisa, leitura, oralidade, expressão artística e produção de textos. Primeiro, é escolhido um escritor brasileiro, que, neste ano, será Ruth Rocha. Com base na leitura das obras, os alunos pesquisarão sobre os gêneros literários e a vida do autor. Como o desafio é apresentar as obras por meio da arte, os alunos produzem poesias, jograis, peças teatrais, danças, pinturas de telas e cartazes. Seus trabalhos são apresentados em um grande evento, o Chá Literário com Arte. Os estudantes também expõem suas produções em outras escolas, permitindo o compartilhamento de de aprendizagens.
A participação de professores, coordenadores pedagógicos e gestores escolares é vital para realização dos projetos. “Trabalhamos a formação continuada de professores, incentivamos e damos suporte para o trabalho pedagógico. Ao observar os resultados, os professores se sentem mais motivados a fazer o melhor e desenvolvem essas ações de forma tão interessante e significativa que faz com que os alunos cumpram todas as metas”, diz Maria Goretti.
Os profissionais também propõem novas experiências, metodologias e estratégias que serão incorporadas ao Plano Municipal de Incentivo à Leitura e Educação, o qual é reformulado anualmente. Dessa forma, há uma via de mão dupla entre a política pública e os docentes: ela alimenta os professores e é por eles alimentada.
É o caso do Projeto Biblioteca Ativa, iniciativa do professor Marcos Soares, que neste ano será implementada em outras escolas do município. O objetivo é criar um espaço de leitura na própria sala de aula e promover atividades dinâmicas de leitura e escrita. Como não há biblioteca na escola em que trabalha, Marcos levou uma estante com livros de literatura infantil para o fundo da sala de aula e começou a criar várias atividades com os alunos como rodas de leitura, contação de histórias, saraus, oficinas de produção de histórias em quadrinhos, apresentações teatrais e chá literário no aniversário do escritor Monteiro Lobato, em abril.
Uma estratégia criada por ele para a contação de histórias é o Livro Viajante, uma mala bem bonita contendo um livro e alguns materiais que serão utilizados para narrar o texto. Antes da leitura, ele atrai a atenção dos alunos com a mala, provocando a curiosidade de todos na sala de aula. Durante a leitura, ele encanta os ouvintes, utilizando recursos como tom da voz e gestos, além dos objetos que são retirados da mala. Por fim, ele identifica a percepção e compreensão sobre a leitura.
“Propor atividades dinâmicas com base nas necessidades de ensino e aprendizado, dentro da sua realidade escolar, desperta nos professores o desejo de inovar e qualificar suas aulas e, consequentemente, a maior participação dos alunos. Os professores acreditam que devem apenas compartilhar o conhecimento nas aulas. É preciso despertar a fome de conhecimento nos alunos e não apenas enchê-los de comida, para que eles se sintam estimulados a pesquisar”, diz o educador, que leciona no 5º ao 9º ano na escola municipal Raimundo Vicente Ferreira, em Buriti dos Montes.
Bem distante do município piauiense, em Paraty (RJ), os projetos voltados à formação de leitores nas escolas receberam um forte impulso de parcerias com a sociedade civil. Patrimônio histórico à beira-mar, o município abriga, desde 2003, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que a cada ano recebe mais visitantes. A grande mobilização em torno da literatura estimulou não apenas o turismo local, mas também o interesse de crianças, jovens e adultos pela leitura.
Com o objetivo de transformar a educação por meio da literatura, a Oscip Casa Azul, organizadora do evento, criou, em 2004, a Flipinha. Durante os dias em que a festa ocorre, são pendurados livros nas árvores da Praça da Matriz, no Centro Histórico, e estudantes do Ensino Médio da rede pública medeiam a leitura das crianças e dos adolescentes. Para a formação desses mediadores, é oferecido um ciclo de palestras com especialistas sobre o autor homenageado no ano. Os professores que atuam na Educação Básica pública também recebem formação e desenvolvem, com os alunos, projetos de leitura sobre os autores que participarão da Festa. Cada escola municipal fica responsável por receber um dos autores convidados da Flipinha e, nessa ocasião, os estudantes apresentam os trabalhos desenvolvidos com base na obra do convidado e participam de uma roda de conversa com ele.
Em 2009, estabeleceram-se duas outras parcerias entre a Secretaria de Educação e a Casa Azul: o Projeto Mar de Leitores, que promove encontros de formação continuada com educadores, gestores escolares e instituições ligadas à educação no município, propondo a reflexão sobre as práticas de leitura literária na escola e renovação dessas práticas, além de distribuir livros de literatura nas escolas municipais; e uma política pública, definida em uma resolução instituindo a Ciranda de Leitura nas escolas municipais. Essa resolução estabelece uma hora/aula de leitura semanal no currículo escolar, dedicada à leitura literária livre, sem estar associada à atribuição de notas, conceitos ou tipo de pontuação. Esse momento pode acontecer dentro da própria sala de aula, na biblioteca ou em outro espaço, dentro e fora da escola, não apenas em Língua Portuguesa, mas também nas demais disciplinas.
Segundo Rosana Magna Rosário, que durante seis anos desenvolveu projetos de leitura na biblioteca da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professora Pequenina Calixto, esse trabalho tem sido fundamental para alimentar o interesse das crianças e dos jovens pela leitura. Rosana atuou como professora da biblioteca, desenvolvendo a mediação com os estudantes da Emef, que mantém turmas do 6º ao 9º ano. “Como projetos de leitura, organizamos saraus, leitura de poemas para a comunidade, narração de histórias, oficinas de ilustração, HQ e outros trabalhos. Com as turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA), realizamos atividades de leitura literária, rodas de contação de causos locais e histórias de vida, e assistimos a filmes e documentários, seguidos de rodas de conversa.”
A professora relata também a parceria entre biblioteca e sala de aula: “Em sua hora de leitura, os professores de diferentes disciplinas, desenvolvendo projetos sobre determinados temas, me pediam indicação de materiais para ampliar a pesquisa e relacioná-la com a leitura literária”, conta.
Para Rosana, o sucesso dessas iniciativas pode ser medido pela frequência dos estudantes na biblioteca à procura de livros e atividades relacionadas à leitura: “Posso afirmar que as iniciativas de promover a leitura dão certo quando vejo que, na hora do recreio, não há espaço suficiente para receber todos os alunos que desejam aproveitar esse momento para o lazer”.
Redescobrindo a biblioteca
Bibliotecas e salas de leitura são locais de extrema importância no contexto escolar. Em muitas escolas públicas, esses equipamentos não são valorizados ou não contam com a infraestrutura necessária, tornando-se um depósito de livros. Também faltam profissionais para manter a organização e apresentação do acervo, além de sugerir obras mais adequadas à faixa etária e aos interesses dos alunos. Um dado curioso da pesquisa do Todos pela Educação mostra que 3% dos professores do 9º ano costumam mandar para a biblioteca os alunos que “atrapalham as aulas”, o que revela uma visão negativa dos próprios educadores a respeito desse espaço.
“Ainda há educadores e alunos que pensam que a biblioteca deve ser um local extremamente silencioso, destinado a poucos privilegiados muito ‘sabidos’, com um cuidado excessivo com o acervo, o que faz com que os livros não circulem nem mesmo dentro da comunidade escolar. É necessário transformá-la em um espaço cultural, que ligue a escola ao mundo exterior, propondo ações como rodas de leitura com conversas sobre a história e seus personagens e também trazendo outras presenças e vozes, como um escritor, para contação de história. É preciso mostrar ao aluno o significado em ir à biblioteca e como a leitura enriquece o conhecimento e a vida”, pondera Maria Alice Cerdeira, formadora do Projeto Entre na Roda.
A biblioteca também deve acolher os novos recursos advindos com a tecnologia, como a internet, que é hoje uma ferramenta importante de informação e pesquisa, além de livros e enciclopédias digitais. O professor pode, por exemplo, ensinar a selecionar entre o bom e o mau conteúdo da internet, como uma curadoria, dando suporte ao aluno.
O educador é a ponte entre o aluno e a biblioteca. É importante integrar esse equipamento ao projeto pedagógico, investindo em atividades de leitura e discussão que incentivem a curiosidade e a autonomia dos estudantes na busca do conhecimento, indo além dos livros que constam do currículo escolar. O desafio da leitura deve ser compartilhado por todas as disciplinas e não apenas a de Língua Portuguesa, já que a questão do letramento deve ser trabalhada na visão do todo e não de uma perspectiva fragmentada.
Em um dos encontros do Projeto Entre na Roda, Maria Alice presenciou uma roda de leitura em uma escola de Alagoas onde um professor de Matemática leu trechos do livro Felicidade clandestina, de Clarice Lispector, seguida de uma roda de debates com os alunos. “O educador precisa revelar aos alunos a paixão, as emoções, os conhecimentos, as possibilidades do texto, fazendo com a criança e o adolescente percebam a magia e o encanto que a leitura propicia, transformando o livro em um objeto de desejo”.
É o que constata a professora Rosana: “Não se ensina a gostar de ler se não se lê, se os professores não promovem atividades que despertem o prazer na leitura, fica cada vez mais difícil ver o discente envolvido pela leitura literária ou qualquer outro tipo de leitura. O mesmo se pode dizer em relação à biblioteca: se os docentes não propõem projetos de pesquisa e atividades que envolvam o uso desse espaço, os estudantes não desenvolverão o hábito de frequentá-lo, seja para estudo, seja para leitura de lazer. Mesmo nas escolas que promovem o uso da biblioteca, o interesse pela leitura só se mantém se os professores tiverem compromisso em elaborar aulas de leitura que alcancem os estudantes, partindo dos interesses deles e mediando, de forma criativa e lúdica, o contato com outros tipos de leitura”.
Para que seja um lugar vivo e dinâmico na escola, a biblioteca deve ser um ambiente agradável, bem ventilado e iluminado, com um acervo variado, organizado e constantemente renovado com obras de qualidade que atendam aos interesses dos frequentadores. A participação dos estudantes na escolha do acervo pode ser uma forma interessante de aproximá-los do espaço. Essa estratégia é usada na biblioteca da escola paratiense, como relata a professora Rosana: “Boa parte dos livros é sugerida pelos estudantes. Assim, quando estão já mordidos pelo ‘bichinho’ da leitura, apresentamos, de forma lúdica, clássicos da literatura brasileira, muitos deles celebrados na Flip. Essa é também uma maneira interessante de ampliar o repertório cultural dos jovens”.
Além disso, são necessários profissionais que orientem os estudantes na procura dos livros e os estimulem a se aventurar por outros tipos, gêneros, linguagens e temas. Outro aspecto, que parece banal, é o horário de funcionamento: é importante que a biblioteca permaneça aberta na maior parte do tempo, inclusive nos fins de semana. Para isso, a escola pode estabelecer parcerias com a comunidade, para oferecer atividades culturais, como oficinas de artes, contação de histórias, apresentação teatral.
Por sinal, estabelecer parcerias com a comunidade é uma estratégia para ampliar os momentos e espaços de aprendizagem, como recomenda o Plano Nacional da Educação (PNE), em sua meta 6: “fomentar a articulação da escola com os diferentes espaços educativos, culturais e esportivos, e equipamentos públicos como centros comunitários, bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas e planetários”.
Iniciativas que estimulem a leitura e o uso da biblioteca ao longo de toda a escolarização, tornando essas práticas momentos prazerosos de participação ativa na cultura letrada, são fundamentais para que crianças e jovens adquiram pleno domínio da leitura, escrita e oralidade, e desenvolvam autonomia na busca de conhecimento. Que estes representem a regra, e não a exceção em nosso país, é o desejo de todos aqueles que acreditam no potencial transformador da educação.