A representação espacial da informação sobre os lugares (a cartografia) está invariavelmente vinculada à aula de Geografia. Ela é a linguagem, por excelência, da síntese das informações espaciais: expressa conhecimentos e estuda situações, sempre enfatizando a ideia de organização do espaço. Por tal razão, a leitura cartográfica surge, desde o início da escolaridade, como instrumento básico em Geografia para compreender a espacialização dos fenômenos e para representá-los, também, espacialmente.
Neiva Otero Schäffer
Início de conversa
Os mapas estão presentes no cotidiano de quase todas as pessoas. Algumas trabalham com eles diariamente, como os taxistas, que precisam de mapas para encontrar ruas e endereços, os marinheiros e pescadores, que usam mapas de navegação, as aeronaves, que se orientam com mapas indicando as direções. Nós precisamos de mapas para encontrar o endereço de um amigo ou de consultório, por exemplo. Muitos desses mapas não estão nos atlas nem são de papel, mas se encontram em aparelhos sofisticados, como GPS, smartphones, tablets etc.
Dominar a linguagem dos mapas não é tarefa simples e depende de um longo letramento cartográfico. Este deve acontecer desde os primeiros anos de vida, com a introdução de conceitos básicos, como lateralidade, escala, símbolos e pontos de vista, entre muitos outros, que devem ser trabalhados dentro e fora da escola. Os professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental I fazem uma infinidade de trabalhos que contribuem, e muito, para esse letramento. Abordar todos eles aqui seria impossível, por isso escolhemos trabalhar com a visão vertical.
Os mapas têm uma linguagem própria que deve ser compreendida por leitores em qualquer parte do mundo. Entre as características dos mapas, destacamos a representação em visão vertical. Entender que um mapa é uma representação da realidade vista de cima é, sem dúvida, um grande desafio. Para isso, é preciso se familiarizar com a imagem dos objetos e dos lugares do ponto de vista vertical para fazer uma boa leitura dos mapas. Por exemplo, uma árvore vista de frente tem tronco, caule, galhos, folhas, frutos, flores, chão coberto de folhas secas. Mas vista de cima é outra história, não é? É preciso treinar o olhar, exercitar, ver e fazer muitas vezes, brincar com as imagens. Vamos lá?
Público-alvo: alunos dos primeiros anos do Ensino Fundamental.
Objetivos:
• Compreender que um objeto, elemento ou espaço podem ser observados de diferentes pontos de vista.
• Identificar objetos em diferentes pontos de vista e construir as noções de visão frontal, oblíqua/lateral e vertical.
• Perceber que os mapas são representações da realidade em visão vertical.
Materiais:
• Materiais escolares diversos: tubo de cola, tesoura, durex, estojo etc.
• Sulfite.
• Monobloco.
• Rolinhos de papel higiênico ou papel toalha.
• Cópias de imagem de satélite do entorno da escola.
• Acetato ou plástico transparente.
• Canetas para acetato ou marcadores permanentes.
• Caixas de sapatos ou outras.