Muitas vezes, ao trabalhar gêneros literários em sala de aula, temos dificuldades de propor produções adequadas à faixa etária dos alunos, que considerem seus conhecimentos prévios e despertem seu interesse. Com o advento e desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação (TICs), a literatura não só ganhou outro meio de divulgação, como também obteve novas possibilidades de produção, novos formatos, novas linguagens. Gêneros literários passaram a explorar as possibilidades de leitura e escrita na internet. Um exemplo é o nanoconto, também chamado de miniconto ou microconto. Neste Experimente, propomos um plano de aula cujo objetivo final é a produção desse gênero pelos alunos e sua divulgação no microblog Twitter.
Público-alvo: alunos do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio.
Objetivos:
• Ler nanocontos e contos.
• Estudar elementos da narrativa.
• Produzir nanocontos.
• Usar o Twitter para divulgar produções escritas dos alunos.
• Usar o Twitter para que os alunos comentem as produções uns dos outros.
Materiais:
• Seleção de contos e nanocontos para leitura com a turma.
• Computadores, tablets ou celulares conectados à internet.
Sobre o trabalho com o texto, especialmente o nanocontoNa consideração acima, destaca o papel do outro na leitura e na produção de textos. É com base na imagem que faz desse outro que o autor cria pistas para que os sentidos construídos na leitura se aproximem do que pretende comunicar.
No trabalho em sala de aula, Geraldi (Portos de passagem. São Paulo, Martins Fontes, 1991) aponta dois aspectos:
• a leitura envolve a construção de sentido com base em pistas presentes no texto, como a situação comunicativa em que o texto é produzido, o gênero do discurso em que se realiza, suas características linguísticas etc.;
• a produção de texto envolve considerar o trabalho de compreensão do leitor, a construção conjunta de sentidos.
Pretendem-se abordar esses dois aspectos neste Experimente.
O nanoconto (miniconto ou microconto) é um gênero narrativo literário caracterizado pela concisão. Para contar uma história com poucas palavras, recorre-se a elipses que devem ser preenchidas pelo leitor com base em seus conhecimentos prévios e de relações intertextuais explícitas ou implícitas.