Roxane Rojo, professora livre-docente do Departamento de Linguística Aplicada da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), tem se dedicado a questões relacionadas à educação linguística. Autora e organizadora de publicações referenciais sobre o tema, como Alfabetização e letramento: perspectivas linguísticas (Mercado de Letras, 1998); A prática de linguagem em sala de aula: praticando os PCNs (Mercado de Letras, 2000); Livro didático de língua portuguesa: letramento e cultura da escrita (Mercado de Letras, 2003) – em colaboração com Antônio Augusto Gomes Batista, do Ceale/UFMG.
Destacam-se ainda suas pesquisas sobre as práticas de leitura e escrita no contexto das mídias digitais: os letramentos múltiplos, ou multiletramentos, discutidos nas obras Letramentos múltiplos, escola e inclusão social (Parábola Editorial, 2009) e Multiletramentos na escola (Parábola Editorial, 2012) – em colaboração com Eduardo de Moura Almeida, do IEL/Unicamp.
Na perspectiva dos multiletramentos, o ato de ler envolve articular diferentes modalidades de linguagem além da escrita, como a imagem (estática e em movimento), a fala e a música. Nesse sentido, refletindo as mudanças sociais e tecnológicas atuais, ampliam-se e diversificam-se não só as maneiras de disponibilizar e compartilhar informações e conhecimentos, mas também de lê-los e produzi-los. O desenvolvimento de linguagens híbridas envolve, dessa forma, desafios para os leitores e para os agentes que trabalham com a língua escrita, entre eles, a escola e os professores.
Na entrevista, gravada em maio de 2013, no Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), em São Paulo (SP), a professora Roxane apresenta sua concepção a respeito de questões como alfabetização, letramento e multiletramentos, assim como o papel da escola no contexto das novas tecnologias de informação e comunicação.
Entrevista Roxane Rojo - Parte I: a linguista apresenta sua visão de letramento, alfabetização, leitura de mundo e multiletramentos.
Entrevista Roxane Rojo - Parte II: a pesquisadora discute a responsabilidade dos educadores em potencializar multiletramentos críticos.